Angela Leite, formada em Filosofia pela USP, dedica-se desde 1968 à arte em estreita ligação com o meio ambiente. Os 50 anos de carreira geraram duas centenas de xilogravuras e desenhos com foco na fauna e na flora do Brasil. Esse conjunto foi exibido ao público em mais de 200 mostras e reconhecido com nove premiações no circuito nacional e o R.H.J. Hintelmann Kunstpreis, em Munique, Alemanha. Pode ser visualizado no site da artista plástica.
As criações de Angela foram expostas em mostra individual na Embaixada Brasileira em Washington e mereceram uma sala especial no Dronninglund Kunstcenter, na Dinamarca. Para ampliar o diálogo entre expressão e rigor científico que marca sua obra, ela recorre a pesquisadores e à literatura especializada, além de se dedicar à observação dos animais em seu hábitat ou em zoológicos. Com isso, constrói um trabalho elogiado tanto por críticos de arte como por estudiosos do ramo da biologia.
A artista desenvolve atividades educativas com escolas e instituições há duas décadas. São cursos, oficinas e palestras para crianças, jovens e adultos, que trabalham a sensibilização às questões da natureza de forma conjugada à técnica artística e à experiência lúdica. Numa dessas metodologias, por exemplo, as/os participantes tomaram contato com espécies que integravam a formação vegetal original dos Campos de Piratininga – e que, na arborização da metrópole mais edificada do país, mantêm viva uma amostra desse passado.
Angela Leite participa, ainda, de campanhas de entidades como a União em Defesa da Natureza e a Rede Pró-Unidades de Conservação, e é membro-fundador da União em Defesa das Baleias.
>> Foi consultora e escreveu a apresentação de três volumes da coleção Brasileirinhos, do poeta Lalau e da ilustradora Laurabeatriz. Também publicou textos de temática ambiental em jornais e revistas como IstoÉ, Veja, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Shopping News. Na televisão, gravou para Repórter Eco, da TV Cultura, e para o Animal Planet.
Destaques em atividades de arte, educação e conscientização ambiental
Casa da Gravura e Fundação Cultural de Jacareí (SP) – 1998
Partindo de exposição individual inaugurada com palestra da artista, foram feitos jogos educativos com os quais crianças das escolas inscritas e visitantes puderam brincar. A convite da prefeitura do município, por meio da Secretaria Municipal de Educação
Sesc/Ribeirão Preto (SP) – 1998
Oficina de xilogravura para artistas da cidade como parte da mostra “Impressões Marinhas”. Curso sobre cetáceos para cerca de 100 crianças, com acompanhamento artístico e exibição dos trabalhos aos pais
MAC Educação/São Paulo (SP) – 2002
Curso para arte-educadoras. Elas conheceram o ateliê da artista, que por sua vez visitou escolas municipais de educação infantil (Emeis) da capital paulista
Escola Jequitibá/São Carlos (SP) – 2003
Os alunos do último ano da pré-escola passaram o ano letivo conhecendo a obra da artista em várias disciplinas, e as atividades incluíram produção de objetos. Na formatura da turma, Angela palestrou e fez um workshop para as crianças e pais
Fundação Maria Luiza e Oscar Americano/São Paulo (SP) – 2005
No contexto da exposição “Mata Atlântica Viva”, alunas e alunos de Emeis da região assistiram a palestra e fizeram passeios educativos pelo bosque da instituição
Sesc/Ribeirão Preto (SP) – 2006
Oficina de xilo para artistas locais e visitas guiadas para crianças
SP Estampa/São Paulo (SP) – 2011 e 2012
Oficina do Jatobá
As e os participantes alternaram atividades no ateliê da artista e ao pé de exemplares da espécie na cidade. Foram trabalhadas noções de observação, sensibilidade e ilustração, bem como o processo integral de produção de gravura
Oficina das Palmeiras
Com metodologia semelhante, esta edição teve como objetos o jerivá e a juçara, que fornecem alimento a inúmeros animais e têm lugar central no paisagismo paulistano